quarta-feira, 29 de abril de 2009

Resquícios



"Para se ser um génio não é preciso mostrar que sabemos um pouco de tudo mas mostrar que nos conhecemos a nós próprios, saber as nossas forças e as nossas fraquezas, não mostrá-las aos outros mas sim admiti-las para nós próprios, não nos sentindo superiores mas iguais a nós mesmos e aos outros..."


"Estou sempre ocupado....perdido nos meus próprios pensamentos que me levam a todo o lado e a lado nenhum, nas minhas introspecções necessárias para uma existência harmoniosa com terceiros!"
"A profundeza de uma alma não é medida pelas acções de quem as pratica mas sim pela maneira como lida com as consequências, a maneira como reflecte sobre as decisões e como se descobre através dos seus erros..."

"...devaneios de uma mente surpreendida por forças maiores!"

sexta-feira, 17 de abril de 2009

"Tanto de ti"

Hoje ouvi duas músicas que me fizeram pensar bastante, são músicas bastante profundas, bastante “escuras”, uma escrita, segundo as palavras de Aaron Lewis, por um “herói caído”; redescobri-me, apercebendo-me de algo que sempre soube.
Não sou mais que uma criança presa num corpo de homem, com as experiências e maturidade/imaturidade inerentes a cada um dos seres que habita este corpo… Neste crescimento de 19 anos aprendi tudo o que me iguala e me distingue de quem me rodeia, sou um ser único na sua essência, que a busca incessantemente. O que escrevo não é a realidade que vivo mas sim o meu ideal, o meu objectivo, aperceber-me que este ideal é real e que o vivo, mas que esta teimosia de criança reguila me vem dizendo que não, esta criança incapaz de passar sem a sua mão amiga, sem o seu mundo, sem a sua música, e que por esta teimosia me impede de escrever em casa, de em casa usar este talento inato que sempre se revelou sem nunca se mostrar, talento este que apenas é usado em viagens de comboio, num bar com a mão amiga ou mesmo numa aula em que a criança não deixa o adulto se concentrar, enfim, um mundo de criança com “armas”, brinquedos e vícios do homem. Epifanias e introspecções realizadas pelo homem para entreter a criança.

Vivo embriagado em ideias que imensas vezes se revelam através de actos irreflectidos, actos que se revelam infrutíferos na busca da minha própria verdade, da minha essência e do meu ser, procurando as respostas às perguntas de todos, tentando encontrá-las olhando para a pessoa que habita no espelho ou, mesmo, através de conversas esquizofrénicas comigo mesmo, ouvindo vozes na minha cabeça competindo por atenção. Vivo em constante busca de aprovação e companhia, com os medos de uma criança transmitidos por um discurso de homem que as experiências tornam mais velho que os 19 anos que tem, marcas do tempo deixadas na memória e na pele.
Ao escrever isto sinto uma estranha sensação de medo com traços de alívio e de coragem, sentado neste bar e com uma mão amiga na minha frente sinto-me como uma criança sentada no cantinho escuro do seu próprio mundo rodeada pelas suas maiores “armas”, o lápis, o papel, o talento, a experiência e um estranho sorriso nos lábios esquecendo tudo o que fez, ouviu e proferiu, abrindo um livro com luz própria, um livro de páginas em branco pronto para (re)começar uma história, uma história de confiança, uma história em que os medos do homem se dissipam, continuando a esperar pacientemente as suas respostas, sabendo muito mais do que mostra, continuando assombrado pelo passado, por ideias fantasma mas também com desejos incumpridos e experiências por realizar, jogando um jogo perigoso. A criança continuará irrequieta, ingénua e o homem pensativo e sereno, ambos talentosos e sem medo de se revelarem.
Desta feita quero agradecer aos Tool e ao “herói caído” Laney Staley por terem escrito Sober e Nutshell que tanto me fizeram pensar e me terem feito sair da minha “Nutshell” “Sober”. Porém não me permito acabar esta reflexão sem antes a dedicar à pessoa que está “nos bastidores” a dirigir o blog, sim Tu, a primeira pessoa a descobrir este talento adormecido, a testemunha principal do meu renascer das cinzas após tempos conturbados, Tu que tanto me queres descobrir tens aqui mais uma peça do puzzle que mostra o “louco” que sou. Não me posso ainda esquecer da mão amiga que esteve à minha frente, durante o tempo em que escrevia os meus pensamentos perturbados esperando, esperando a conclusão deste turbilhão de ideias que todos os dias se manifesta e fica esperando a transcrição para o papel….

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Exterior Incompleto

Sou formado apenas por rasgos criativos de uma mente perturbada e assombrada pelos seus próprios pensamentos, com medo de se identificar com a realidade exposta pelos seus pares que a vivem no mesmo medo.Medo de se mostrarem, de se darem a conhecer; medo da rejeição, medo da aceitação.Introspecções falhadas por causa da falta de tempo devido à mesma correria constante e de uma linha temporal inquebrável e que não pode voltar atrás para ser retomada e modificada. Arrependimentos, transtornos, momentos perdidos, escolhas erradas.Pondera o que será feito, não olhes para trás, segue por dois caminhos diferentes, simultaneamente, vendo o bem e o mal, mostrando o correcto e o incorrecto!

sábado, 4 de abril de 2009

Viagem atribulada...

Seguimos num caminho sem rumo, passamos por jardins que nos fascinam, vemos coisas que nos apaziguam a alma, passamos por bosques escuros sem clareiras que nos intimidam, passamos por estradas com buracos…. Ao longo deste caminho lembramo-nos de cada um dos buracos, de cada passo que damos dentro dos bosques mas é rara a altura em que nos lembramos das cores que encontramos nos jardins. Durante o caminho muitas vezes paramos e pensamos no porquê de apenas termos visto as cores do jardim e não aproveitámos para o sentir, o cheirar e apreciá-lo na sua magnitude, porque não nos deixámos absorver na sua essência, em muitas outras ocasiões trancamos essas imagens dentro de um portão para o qual não encontraremos de novo a chave. Recordamos os bosques por causa do medo, recordamos os buracos por causa da dor que nos causam e que nos cicatrizam. Sempre que o caminho nos apresenta momentos em que temos de escolher o percurso, o medo mostra sinais de vida novamente, medo de encontrar mais buracos, medo de entrar num bosque e de nos perdermos na sua imensidão e não encontrar a saída sem nunca nos lembrarmos que em cada bosque existe uma flor que se destaca ou que em cada buraco podemos encontrar uma réstia de vida que nos mostre a nossa verdadeira forma, a nossa verdadeira força e que nos ponha um sorriso nos lábios….
Muitas vezes ao longo deste caminho, temos companhia, alguém que nos segure a mão quando entramos no bosque, nos aponte a saída quando não a encontramos, nos faça rir quando encontramos buracos, sorria connosco ao olhar a beleza de um jardim, alguém que nos diga as coisas certas quando mais as necessitamos, partilhe connosco o que encontrou no seu caminho e a quem nós confiamos o que o nosso nos deu, enfim, alguém que nos modifique, que nos faça ver que sabemos sempre qual o percurso que devemos escolher. Neste caminho nunca estamos sozinhos, apesar de muitas vezes pensarmos o contrário. Há momentos também em que temos receio de acordar, porque nos achamos sem força para enfrentar o que o nosso caminho nos dá, a caminhada parece muitas vezes dolorosa e é nestes momentos que nos esquecemos de procurar pelo riacho que no bosque se esconde atrás dos arbustos e que não conseguimos ouvir correr porque o medo de enfrentar a escuridão do bosque se apoderou de nós.
Procura o teu riacho, a tua réstia de vida no buraco e assim encontrarás a chave para o jardim mais bonito e mais importante. Aquele jardim que se encontra dentro de ti que tu plantaste ao longo do teu caminho e do qual foste o jardineiro, o jardim que apenas as pessoas certas têm a sorte e o prazer de ver, o jardim que deslumbra qualquer um….

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Esse teu Corpo Alado...

Por detrás dos olhares que vamos encontrando ao longo da nossa vida aparecem "aquelas almas" que, na sua essência, têm uma pureza e agilidade que nos surpreende. Não conseguem se aperceber que assim o são, não demonstram muitas vezes aquilo que são... às vezes é necessário um "je ne sais quoi" para encontrar aqueles resquícios que os enchem e também esvaziam, que alimentam e destroem...Porque há portas que só determinadas essências que nos percorrem conseguem abrir, há fechaduras que nunca terão a chave certa, há janelas que mesmo a brisa mais suave não conseguirá transpor, há raios de sol que só alguns conseguirão ver através de um íngreme arbusto, há recantos do nosso mundo onde nunca conseguiremos chegar, há pessoas que sempre nos irão marcar, há sorrisos que nos farão parar e pensar, há coisas que inevitavelmente iremos sentir. Há sempre dentro de nós vestígios dos outros nós...e há medos que só conseguiremos ultrapassar abrindo as portas mais intimas de nós e deixando entrar o desconhecido que muitas vezes nos assalta e nos faz perder o chão! Podes não ser bom a prestar atenção, podes não ter certeza das coisas que estão vindo, podes não ter certeza das ilusões que criamos, podes não ser bom a controlar o teu destino, o teu ódio e a tua raiva...mas a cada segundo não deixas de ser tu, e é essa essência de ti, desse teu corpo alado, é nesse teu mundo que eu encontro o teu brilho. Afinal, é esse o teu jeito, que não quero mudar nem reorganizar. Porque TU tens a capacidade e criatividade para fazer acontecer alguma coisa... e vai parecer mágico! De ti, por mim e para ti...desse teu corpo alado! =)
E "isto apenas mostra que tenho rasgos criativos de escrita e pensamento... e mostra a inteligência escondida dentro de um ser com medo de si próprio e das suas próprias forças!"